Era uma vez 35 monstrinhos que se alimentavam da tristeza alheia. Digo, de verdade, comiam mesmo. Comiam e comiam e a tristeza ia embora e as pessoas se sentiam leves.
Até que um dia, um monstrinho teve uma ideia. Se ele deixasse as pessoas tristes, então haveria mais e mais tristeza e ele se empanturraria. Contou aos demais e alguns acharam genial! Botaram então o plano em prática, espalharam tristeza pelos 4 cantos do mundo e então comeram e comeram até suas barrigas explodirem. De barrigas vazadas, choraram de dor, lágrimas de alimentar colegas - afinal, tristeza é tristeza, de monstro ou de gente.
Mais e mais monstrinhos se deslumbravam com o vislumbre de um banquete, e desconsideravam as lágrimas dos colegas que, panças abertas, continuavam a comer feito o saco sem fundo que se tornaram. Mais e mais tristeza povoava a terra, mais e mais monstrinhos explodiram, até que, tarde demais se deram conta do desastre: se os seus esburacados estômagos podiam tudo engolir, era porque nada retinham. Os monstrinhos começaram a minguar de fome.
Só um sobrou no mundo que não se deslumbrou em produzir o próprio almoço. Ironicamente, só, chora de saudade e se alimenta das suas próprias lágrimas, que dão e sobram à sua parca fome.
Ninguém mais devora mais nossas dores, as quais devemos carregar pessoalmente, cada um a sua.
Até que um dia, um monstrinho teve uma ideia. Se ele deixasse as pessoas tristes, então haveria mais e mais tristeza e ele se empanturraria. Contou aos demais e alguns acharam genial! Botaram então o plano em prática, espalharam tristeza pelos 4 cantos do mundo e então comeram e comeram até suas barrigas explodirem. De barrigas vazadas, choraram de dor, lágrimas de alimentar colegas - afinal, tristeza é tristeza, de monstro ou de gente.
Mais e mais monstrinhos se deslumbravam com o vislumbre de um banquete, e desconsideravam as lágrimas dos colegas que, panças abertas, continuavam a comer feito o saco sem fundo que se tornaram. Mais e mais tristeza povoava a terra, mais e mais monstrinhos explodiram, até que, tarde demais se deram conta do desastre: se os seus esburacados estômagos podiam tudo engolir, era porque nada retinham. Os monstrinhos começaram a minguar de fome.
Só um sobrou no mundo que não se deslumbrou em produzir o próprio almoço. Ironicamente, só, chora de saudade e se alimenta das suas próprias lágrimas, que dão e sobram à sua parca fome.
Ninguém mais devora mais nossas dores, as quais devemos carregar pessoalmente, cada um a sua.