Então teve eleição e ganhou um tal Paulo Maluf, que a minha mãe sempre odiou mas a minha avó adorava e eis que quando volto pras aulas e encontro o logo vermelho do novo prefeito nas gradinhas verdes das plantas já conhecidas.
"Agora quem passar aqui vai pensar que foi ele que plantou", foi a idéia que me pulou à mente. E aquilo me pareceu de uma desonestidade tão grande, uma cara de pau tão sem tamanho, que penso que mesmo sem os discursos contrário da minha mãe, sem qualquer denúncia ou promessa não cumprida e apesar da defesa da minha avó, eu não votaria neste jamais.
Talvez eu fosse capaz de deixar passar as mentiras, os exageros e os disparates do discurso. "Todo mundo sabe que político mente", diria eu, mas usar as arvorezinhas para fazer campanha era absolutamente imperdoável para a minha moral infantil.
2 comentários:
Heheheh que bonitinho, amor. Imagina se alguém do GReenpeace vê isso.
É... eu fiquei bem brava. pobres arvorezinhas... elas sequer poderiam avisar aos passantes...
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