E me veio a memória a imagem do trator do meu avô. Nos dias de menina passeando no sítio, a principal vedete era o trator onde o avô nos levava para passear.
Sim, morram de inveja: eu já fui criança e já andei de trator.
Passados instantes percebi que era uma imagem. Eu lembrava da figura, não do som do trator.
E então me voltaram os piu-piu-pius dos pintinhos no galinheiro. Andávamos eu a a minha irmã a tentar pegar filhotinhos: da galinha, da leitoa...
Ela, mais velha, ditava o plano. Engraçado que eu sempre ficava distraindo a mãe enquanto ela corria atrás do pequenininho.
E eu perguntava: mas porque VOCÊ não fica na frente do buraco enquanto EU corro atrás do porquinho? Me respondia que eu era menor e por isso corria menos.
Sabe, fazia sentido. Mas ainda assim eu tinha pra mim, (e ainda tenho, que é difícil desfazer certezas da infância) que lá no fundo, quem sabe nem tão fundo assim, ela tinha era medo da leitoa.
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