Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

o dia em que descobri a política

Lembro eu criança, voltando da escola pela Jamaris cheia de árvores novas. Em volta de cada arvorezinha, um protetor com o símbolo da prefeitura do município de São Paulo.

Então teve eleição e ganhou um tal Paulo Maluf, que a minha mãe sempre odiou mas a minha avó adorava e eis que quando volto pras aulas e encontro o logo vermelho do novo prefeito nas gradinhas verdes das plantas já conhecidas.

"Agora quem passar aqui vai pensar que foi ele que plantou", foi a idéia que me pulou à mente. E aquilo me pareceu de uma desonestidade tão grande, uma cara de pau tão sem tamanho, que penso que mesmo sem os discursos contrário da minha mãe, sem qualquer denúncia ou promessa não cumprida e apesar da defesa da minha avó, eu não votaria neste jamais.

Talvez eu fosse capaz de deixar passar as mentiras, os exageros e os disparates do discurso. "Todo mundo sabe que político mente", diria eu, mas usar as arvorezinhas para fazer campanha era absolutamente imperdoável para a minha moral infantil.


2 comentários:

Bisdré (André Santos) disse...

Heheheh que bonitinho, amor. Imagina se alguém do GReenpeace vê isso.

Lu Hilst disse...

É... eu fiquei bem brava. pobres arvorezinhas... elas sequer poderiam avisar aos passantes...