Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

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A casa finalmente arrumada.
Lençóis macios de algodão... limpinhos, cheirando a alecrim
O edredom cuida do calor que caracteriza o aconchego e as janelas garantem o silêncio.

Toda essa pureza só me remete a uma imensa solidão.
Cada canto só me faz repetir ao ouvido: meu amor não dorme comigo essa noite.

terça-feira, 19 de abril de 2011

o índio

essa é uma nova velha postagem. do blog véio que saiu do ar.
lembrei por que falaram do dia do índio.

sábado, 6 de novembro de 2004



O índio disse que São Paulo é uma grande aldeia
uma grande aldeia que reune gente de muitas aldeias
e que essa gente tem saudades do seu lugar de origem

Eu, que nasci aqui,
que não tenho um outro lugar de onde sentir saudades
fiquei me sentindo sem origem

como um retalho de uma colcha que nunca foi peça inteira
uma parte que nunca foi todo

como se aqui - o lugar onde se encontra gente de toda origem
não pudesse originar ninguém

fiquei me sentindo sem identidade e sem passado
porque não tenho uma cultura de séculos pra passar pros meus netos
porque tudo isso é distante demais


mas fiquei feliz....
sem pátria, de não ser estrangeira

o Brasil todo vem a São Paulo algum dia
e eu, de nenhum lugar se não daqui,
me sento, como boa espectadora,
e vejo o pais passar diante de meus olhos
sem nunca ter ido lá.
enviado por Lucis - Email as 22:37:07.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

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Hoje a mocinha da telêfonica me ligou.

Toda educadinha, me disse que tinham um plano "mais adequado ao meu perfil" e me ofereceu uma linha que, pelo valor de 54,90 mensais, me permite falar a vontade e navegar na internet à vontade (se é que se pode usar essa expressão pra internet discada...)
Aí eu expliquei pra moça que eu tenho speedy e que, portanto, pra mim, internet discada à vontade é um benefício inútil. Também expliquei que eu só tenho linha fixa por causa do speedy, que fiz um plano mais em conta, de 29,90 fixos, que eu já não gasto e que, portanto, falar à vontade não me serve também de grande coisa.

Aí eu me lembrei das mocinhas educadinhas da net, que me ligavam pra oferecer o virtua depois de eu ter deixado a net porque ela não oferece virtua no meu bairro.

Agora alguém me explica: porque é que não verificam meu cadastro antes de me ligar?

segunda-feira, 11 de abril de 2011

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Eu escancarada à espera do amor já pronto e a algazarra a correr solta do outro lado da rua.

De repente me faço consciente, feito Eva, da vidraça aberta e vou fechá-la.

Privacidade restaurada, a algazarra decide me bater à porta: Vamos tomar água. É! E fazer xixi.

Ah! Mas não vão mesmo. É minha casa. Não podem ir entrando assim!

Tudo bem. Vamos lá no fundo então.

EI! Como assim! Ei! Voltem aqui! Lá no fundo também é minha casa!

Mas o que a gente imagina dormindo não reconhece o direito à propriedade.


Eita. Cada sonho esquisito.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

teoria e contemplação

Ontem tive aula com a Pel...

Ela falou das reflexões que teve sobre os desenhos das crianças que passaram pela casa redonda e sobre a importância de se pensar a própria prática.

E eu lembrei de um texto de um tal teórico que eu li na faculdade, que contava que no tempo dele os professores se impunham pela voz e que ele não conseguia fazer isso porque não tinha toda essa voz. E ele contava com descobriu um jeito novo de trabalhar com os meninos e de como isso se mostrou produtivo...

E eu lembrei porque gostava de estudar os tais teóricos da educação. Eu acho um saco ler livros técnicos, mas adoro ouvir historias. Na educação, cada pesquisador conta a sua historia, e o que descobriu com ela.

Talvez isso seja o que devamos aprender com eles: a refletir e contar e descobrir coisas através da nossa história.

Talvez seja por isso que eu queira escrever sobre educação: pra contar a minha história.