Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

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... o Frederico tem olhado meus pés como uma pantera a observar os movimentos de uma gazela...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Perolas do fim do ano...

"Meu coração se quebra de saudade só de pensar que eu não vou ver mais a tia Karina"
Essa além de minha aluna, é aluna da Tia Karina.

Pérolas de fim de ano,

"O dia mais importante de todos e ela vai embora por causa de um... casamento?"
Note-se a careta de indiferença que acompanha a palavra "casamento".

Essa é de uma das minhas alunas, sobre uma outra, que talvez fosse embora mais cedo, sem dançar o encerramento do espetáculo, porque seus pais seriam padrinhos no casamento de uma prima.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

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quando espero os segundos morrem: posso vê-los, um a um, tornados em cinza. Quantas flores terão murchado enquanto eu não caminhava, não amava, não comia?

Então preencho as esperas de afazeres. Já não aguardo: quem tiver de vir que me alcance.

domingo, 6 de dezembro de 2009

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tinha no corpo um cansaço desses que dá vontade de chorar feito criança com sono, mas quem manda virar gente grande? Engoli seco e caminhei devagar e muito tempo depois não é que o dia chega ao fim? (o plano agora é esse, devagar e sempre,que rápido o pé dói).

Enfim, foi um bom dia.

Amo meu trabalho, mas isso não diminui o peso das minhas palpebras.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

para o Daniel

Um amigo e disse que se você tem um irmão 5 ou 6 anos mais novo vocês não brigam: máximo que rola é um massacre.

Aí eu pensei: Não é que é mesmo?! Mas ainda assim eu fazia muito isso!

Agora só resta pedir desculpas ao maninho que depois de tantas travessuras (e põe travessura nisso, que o menino é criativo que só ele!) virou enfim um cara bacana!

te cuida rapaz,

beijinhos
Lu

sábado, 17 de outubro de 2009

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E lá estava eu, às 7h da noite, parada no congestionamento, apertada como sempre num 756A quando vejo, pintada no muro, uma carranca a dizer "você é escravo do trânsito".

E não é que ela sabe mesmo das coisas!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

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e não é que, depois de tanto dizer que não, eu acho um gato no parque e, aos prantos, levo o bicho pra casa.



prantos de dó do pobrezinho só o dia todo no Nabuco, de raiva do infeliz que o deixou lá, de dúvida e um quê de culpa de mim que bem queria mas cadê coragem pra por o gato lá onde estava e sair de fininho: dizem que o que se aprende na infância a gente tenta mas não contraria.



Ou, de volta ao principezinho: "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"



eternamente, lembra o Martin, nesse caso são uns 15 anos...

e daqui a esse tempo todo eu que me prepare que novos rios brotarão desse vale.






terça-feira, 29 de setembro de 2009

sonhos...

Ia embora por uma viela estreita. Janelas e portas se alternavam do lado esquerdo. Nos parapeitos, flores.

Da última janela, já quase alcançada a escada que leva ao portão e à rua, faço cair um vaso de violetas.

A janela se abre em flagrante enquanto tento recompor a plantinha em seu vaso e este ao lado dos outros. Uma senhora de sorriso doce, olhar tranquilo como só os velhos conseguem, cabelos tingidos de loiro quase ruivo, batom, blusa solta florida, gorda, bonachona, uma perfeita vovó acolhe com benevolência minhas desculpas - tudo bem, filha, ela vai ficar bem.

Então as desculpas são suas, pela casa bagunçada que se mostra pela janela. E me explica com a mesma benevolência que passara uma noite de fetiches com um negro escultural e que bem tentara não derrubar tantas coisas, mas com dois metros de homem nos braços essa não era tarefa fácil.

No canto à direita, sobre o beliche, um casal mais jovem, uma filha talvez, pratica o amor matinal enquanto a avó recolhe objetos pelo chão, resquícios da noite anterior.

Me despeço. Desço os degraus da escada vertical, como se descesse pelo lado de fora de uma torre e atravesso o portãozinho enferrujado.

Acordo às 6h45: alguém bate lata na avenida.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

o forró...

Segunda feira. O relógio marca 00h36.

Preparo-me para dormir na sala, a mercê da luminosidade que eu tanto abomino, já que o forró corre solto do outro lado da avenida, bem de frente pras janelas dos quartos.

Tentei a polícia. Fui informada de que deveria entrar em contato com o PSIU em horário “de expediente”. Por hora não há ao que parece serviço público disponível para bater no balcão do boteco – que porta não tem, nem bem paredes – e explicar que a vizinhança tem de trabalhar na manhã de terça que se aproxima e que tem lá seu direito de dormir em paz. Ou seja: uma vez que os felizes (infelizes nós, que pretendíamos dormir) decidem comemorar sabe-se lá o que na segunda, lá se foi a terça. Qualquer reclamação só será apurada amanhã, em meio aos litros de café.

Não que faça muita diferença pra mim, que já tomo meu litrinho diário de café com ou sem forró e que não tenho mesmo dormido por conta das motinhos mequetrefes que passeiam pela região.

Ainda assim cabe dizer: mesmo que o poder público não garanta e o bar não colabore, silêncio existe. Só que custa caro. Hoje chegaram os primeiros orçamentos anti-ruído. Pequenas fortunas. Dava até pra comprar uma “mega-TV” como a da antiga inquilina, só que, entre som de cinema e bem pouco som, fico com a segunda opção.

Bons sonhos a todos os que tiverem essa chance por hoje
Bjo e até breve.

PS. 00h53. O forró continua...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

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de tudo o que me compõe a maior parte talvez seja urgência:
só existe agora.
e toda espera é um suplício.

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em paz?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!

A primeira noite

de costas para a bagunça ouço música, leio crônicas e bebo chocolate quente.

a luz da cozinha acende quando bem entende, são 23h39 e eu não farei mais nada hoje - juro.

há muito tempo pela frente.

06/09/2009

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chega tarde me abraça longamente e se despede

e me abandona perdida em devaneios que nem o trabalho intenso, nem o cansaço de dias, nem o palco desfazem.

nem mesmo a avenida todas as noites na minha janela.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Entrevista virtual pra Vivi

Quando entrou no movimento bandeirante?
Eu entrei em maio de 1990, aos 9 anos.

Quais experiências teve?
Eu entrei em B1, fui B2 (ou melhor BDuas - Eu e a Carol Meili), Guia e coruja. Passei 5 anos afastada, cubrindo folgas e férias, indo nas festas e ajudando nos acampamentos e voltei este ano.

Foram no movimento o meu primeiro acampamento (e quase todos os outros), a minha primeira viagem internacional e o primeiro (e único) bivaque. Acho que o primeiro arroz empapado também. E todos os amigos até hoje que eu fiz fora da minha cidade e cheguei a me corresponder por carta (antes de existir e-mail) foram também bandeirantes.

Aliás, as pessoas com quem eu convivo hoje e que, fora a minha família, me conhecem a mais tempo, são bandeirantes.

Eu estive em acampamentos estaduais, nacionais e internacionais e é bacana perceber que tem mesmo gente no mundo todo defendendo o mesmo ideal que a gente.

Fiz minha promessa bandeirante no meu segundo acampamento, em Atibaia, em1991. Conhecido como o acampamento dos morangos, pq foi numa fazenda de morangos. Foi nesse que um porco invadiu o campo.

Eu fui no primeiro Flicts como guia, em 1998, se não me engano. Nós montamos campo com o Itapety.

Eu passei mal no Jamboree em 1999 e fui atendida por uma enfermeira boliviana e outra sueca e por um médico americano. Ninguém falava português.

Eu fiz brigadeiro pros mocinhos franceses e depois descobri que é uma longa tradição das meninas do Brasil atrair os mocinhos estrangeiros com brigadeiro (não tem brigadeiro fora do Brasil... eles sempre ficam maravilhados...)

Fui pro Acampamento Nacional de Guia e Coordenação em julho de 1999. Eu era coruja a 6 meses e sentia saudades das fadas. Não entendia pq os outros coordenadores estavam achando tão legal um acampamento sem crianças.

Depois eu descobri: ser coruja é legal, mas ir no acampamento pra participar também faz falta. Ainda bem que tem os treinos de coordenação...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

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um desencontro
um prazo expirado
o metro às 6h da tarde e funcionando mal...

pra terminar, xilogravuras, expresso com chantilly e uma crônica divertida: as quartas-feiras são longas demais pra começar cabisbaixa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

o sol do meio-dia me enganou direitinho...

eu, paulistana avisada de nascença, caí na conversa do azul celeste e nem imaginei o vento frio que bateria no fim da tarde.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ao maestro

A gente passa meses pensando em ir visitar alguém e de repente recebe a notícia: faleceu o Maestro Ordoñes, às 0h40 do dia 06 de agosto de 2009. Não sei de quê, não sei porquê. Não o via há 2 anos.

Queria ter feito sua aula mais um tempo. Fazia planos pro ano que vem, quando o horário encaixar. Mas não importa.

Importa o ter por ele um certo carinho, coisa de aluna, que cria recíproco, coisa rara nesse mundo de professores tantas vezes tão distantes.

Fez o que amava por um longo tempo. Passou pelo caminho de metade da dança paulistana.
Que esteja num lugar bonito, e sorria pra nós.

com saudades
Luciana

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O quintal da minha avó.

Dois tipos de grama formavam duas ilhas e cada ilha na verdade era um barco. E no meio a terra vermelha de Ribeirão era um mar (e sabe lá como nossas mães tiravam o mar das nossas roupas).

A laranjeira inda inteira e o chão eternamente forrado de frutas (talvez porque eu lá fosse sempre no verão) e cada fruta era uma bala de canhão para afundar o barco inimigo.

Vez ou outra alguém pisava (ou sentava) um formigueiro. E era criança correndo e gritando e arrancando a roupa, tentando se livrar das danadas formiguinhas que em segundo estavam em lugares escondidos.

Outra geração agora cresce naquele quintal e é bonito de ver aquele lugar mágico, que vira outro pra cada um que entra alí.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

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Lembro-me de, há anos, o mocinho me ler um texto.

Eu adolescente estasiada:
por se oferecer para me ler algo de seus escritos
por poder permanecer estática, a olhá-lo tão diretamente, por tão longo tempo e tendo uma razão-desculpa tão convincente.

Belas palavras aquelas, mas a imagem insistia em se apresentar de tal forma fascinante que o pensamento, ignorando seus próprios avisos - presta atenção, menina! vai ter de dizer algo depois! - ia e vinha de ouvir a ver e de novo a ouvir, incapaz de permanecer em um e ainda recusando-se a fixar no outro.

Aquela imagem me coloriu as noites por anos, inda hoje vez ou outra faz que volta.
Do texto nunca soube. O pouco que apreendi se limita à perceber belas palavras, muito bem escolhidas entre as que jamais nos serviriam numa feira - palavras que não servem pra comprar limões - usadas com muita propriedade. Nem sei se narrativo ou dissertativo. Talvez poético.

Também não confessei ao rapaz minha desatenção. Não seria então capaz de confessar tudo, e pela metade receava magoá-lo.

Os caminhos se perderam e mais tarde se cruzaram.
O mundo dá muitas voltas e ainda acaba dando um nó em todos nós.

domingo, 12 de julho de 2009

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olho nos olhos de mim mesma refletida na tela e me repito que pare. que ele não virá. e se vier, a esta distância - sem cheiro nem sabor - que diferença faz? toma logo seu último copo d´água menina. lê uma trecho dos três livros começados e vê se dorme.

e sonha.

domingo, 5 de julho de 2009

pequenas vitórias domésticas

jogeui o pó bem a tempo, e não é que a mancha de gordura saiu mesmo!

autodefinições...

não tinha a menor idéia de onde queria estar, mas também não tinha a menor paciência pra ficar em dúvida, então passava as horas indo de um lugar a outro pra ver se se encontrava por lá.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

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noites de sonho, dias de música.
e depois? Sabe lá...
quiçá inda não inverto as ordens das coisas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

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saudades do que já foi
saudades de sonhar sem medo
que o medo me veio lá pelos vinte
e me ronda a lembrança dos dezesseis

domingo, 21 de junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ao que foi...

estar ao teu lado era estar.
respirar um ar mais puro. mais vivo, mais doce.
um mundo mais colorido. mais sonoro.
uma existência mais real.

um menino bonito. uma noite bonita. um lugar bonito.
em qual das minhas lágrimas te tornaste mera boa companhia?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

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Almoço no shopping: ninguém mais serve comida às 16h. Saio, atrasada, sem café nem amigo.

Desço a escada atrás da moça com duas crianças: a menina já espera embaixo, o menino corre pra cima. Termina a escada e enquanto olha o menino a moça num passo atropela a menina que se estatela no chão.

Eu, por hábito e susto, por pouco não vou ao chão levantar a criança, mas a bronca veio seca, antes da recuperação, antes de demonstrar preocupação e em inglês. Sigo reto meu caminho - nem me viram - o menino nem sei, a imagem da menina se desfaz aos poucos diante dos olhos e tudo o que compreendo é "it´s the second time today": não foi a primeira trombada do dia.

domingo, 7 de junho de 2009

ao que pergunta

À procura de casa, parceiros, amor, mais um ou dois trabalhos e quem sabe um diretor. Um jardim com flores: jasmim-manga em frente ao portão, ipê amarelo ao fundo e manacás por todo lado. Um básico preto pra todas as ocasiões, uma bota que me mantenha os tornozelos quentes e boas baladas pra dançar a noite toda. Dos amigos que pelos anos ficaram, o que casou e não mandou mais notícia, o que tem a filha que já saber ler e eu não vi. Velhas novas músicas, sons desconhecidos, lugares novos. À procura do mar, de um foco pra pós, uma viagem após tanta procura. À procura de uma vida mais doce, dias mais quentes, sonhos ainda não sonhados e cores mais fortes.

E ao encontro de tudo o que vier.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

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não escondo nada.

vez ou outra tento e o esforço é tamanho que tudo desaba,
desanda.

ação sem sentido é sentido querendo sair.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

Conversa de crianças

eu tenho 5 anos.
eu sou maior! tenho 6!
mas ano que vem eu faço 6, aí vou alcançar você!
Não vai não...porque ano que vem eu já vou fazer 7. E depois você vai fazer 7, mas aí eu já vou ter 8 e você não vai me alcançar nunca!

Essa eu ouvi faz uns 10... talvez 15 anos e pra infelicidade da mais nova a mais velha tinha razão, não alcançaremos ninguém, nunca!
A única relação estavel que levaremos por todas as pessoas e toda a vida: seremos sempre um dia mais novo que que nasceu um dia antes!

Beijinhos a todos
e felizes anos, quando fizerem anos
ou não...

terça-feira, 17 de março de 2009

Não-tempo

Dormia. De repente um escuro claro de sons e chamas e calores e amarelos e vermelhos e pó, tudo ao pó. E um instante depois areia clara, cabelos úmidos, céu azul: voltar de um mergulho e esfregar os olhos para ver em volta.

Em volta um mundo doce, de cores claras e serenas – azuis e verdes, um amarelo aqui e ali. O outro lado, o avesso da primeira estadia, um mundo etéreo onde doces guardiões – figuras angelicais, semideuses gregos talvez, ou elfos de Tolkien – providenciavam tudo o que fosse necessário e cuidavam pra que ninguém se aventurasse a mergulhar de novo no lago, sendo essa sua principal função, já que após as chamas nada mais era necessário. Ou possível.

Longos dias entre trepadeiras com doces flores brancas, em móveis de vime, a contemplar o lago. Até nadar era permitido, mas apenas no raso, pois que o lago é passagem, por ele viemos e por ele é possível voltar. Mas ninguém deve voltar. Não é permitido. Os doces rostos continuam doces, mas impassíveis – NÃO. Só um se exalta, cansa-se de nós, gostaria que ficássemos eternamente no mundo onde nascemos – somos barulhentos e densos como ele.

Também! Viemos cedo demais. Toda essa paz é linda mas não queima como lá, e somos ainda amantes do fogo, ainda que seja ele responsável pelo nosso mergulho precoce.

Um a um, abandonamos aos doces atenciosos e amigáveis, e nos colocamos constantemente – não dia e noite, nem a cada segundo que aqui o tempo não gira e os atos se sucedem, antecedem e repetem sem muito sentido – ao lado daquele único que não nos atura, na esperança de que ele próprio, cansado de nós, nos atire ao fundo daquele azul turquesa onde se escondem todas as nossas paixões.

Por fim, tomado pela ira, eis que chega a minha vez, puxa-me pelo pé e atira-me com toda a sua força de ser divino, a que nada se antepõe nesse lugar sem leis da física, e num susto e num grito me vejo naquele azul quase verde, naquele azul quase preto, naquele azul quase vinho, naquele azul quase terra, água quase lama. No fundo do lago outra superfície, mais dura, mais escura e suja e malcheirosa.

E eu só com a roupa do corpo, em lama. Olho a volta. De volta as texturas e as carnes e os volumes. De volta o sangue e os vermelhos e os ocres. E eu molhada e friorenta – que aqui há frio, já me tinha esquecido – roubo roupas secas num varal e saio perambulando.

Encontro em pouco um amigo, antigo, do colégio.
- Quanto tempo! Que tem feito?
- Mortos tem encontrado um portal de retorno. Enganam os guardiões. Vem pelo caminho que foram. – mostra-me uma longa lâmina, como um espelho – e pelo mesmo caminho voltam.

Gelo. Conheço aqueles claros sem vida. Saberá?
Ele sorri:- Você fica, mas os outros ...

Peço pelos outros com os olhos, mas os dele permanecem duros. Não ouso discutir. Sigo andando.

Luciana Hilst
03/10/2005
(um sonho da noite anterior.... inda faço uma coletânea de sonhos)

incontestavelmente só.
mais nenhum resto de historia a se enroscar nos meus pés

sexta-feira, 13 de março de 2009

dias doces

eram dias em que estava apaixonada
(por um idiota, mas isso não importa)
importa, sim, que estava.
E que a paixão preenchia os dias
e fazia correrem as horas

e a vida era doce
e úmida de lágrimas

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

outro

os olhos as vezes olham diferente
e os dedos talvez se toquem d´outro jeito
e as palavras, abraços e cumprimentos
vez em quando tudo é outro