Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Entrevista virtual pra Vivi

Quando entrou no movimento bandeirante?
Eu entrei em maio de 1990, aos 9 anos.

Quais experiências teve?
Eu entrei em B1, fui B2 (ou melhor BDuas - Eu e a Carol Meili), Guia e coruja. Passei 5 anos afastada, cubrindo folgas e férias, indo nas festas e ajudando nos acampamentos e voltei este ano.

Foram no movimento o meu primeiro acampamento (e quase todos os outros), a minha primeira viagem internacional e o primeiro (e único) bivaque. Acho que o primeiro arroz empapado também. E todos os amigos até hoje que eu fiz fora da minha cidade e cheguei a me corresponder por carta (antes de existir e-mail) foram também bandeirantes.

Aliás, as pessoas com quem eu convivo hoje e que, fora a minha família, me conhecem a mais tempo, são bandeirantes.

Eu estive em acampamentos estaduais, nacionais e internacionais e é bacana perceber que tem mesmo gente no mundo todo defendendo o mesmo ideal que a gente.

Fiz minha promessa bandeirante no meu segundo acampamento, em Atibaia, em1991. Conhecido como o acampamento dos morangos, pq foi numa fazenda de morangos. Foi nesse que um porco invadiu o campo.

Eu fui no primeiro Flicts como guia, em 1998, se não me engano. Nós montamos campo com o Itapety.

Eu passei mal no Jamboree em 1999 e fui atendida por uma enfermeira boliviana e outra sueca e por um médico americano. Ninguém falava português.

Eu fiz brigadeiro pros mocinhos franceses e depois descobri que é uma longa tradição das meninas do Brasil atrair os mocinhos estrangeiros com brigadeiro (não tem brigadeiro fora do Brasil... eles sempre ficam maravilhados...)

Fui pro Acampamento Nacional de Guia e Coordenação em julho de 1999. Eu era coruja a 6 meses e sentia saudades das fadas. Não entendia pq os outros coordenadores estavam achando tão legal um acampamento sem crianças.

Depois eu descobri: ser coruja é legal, mas ir no acampamento pra participar também faz falta. Ainda bem que tem os treinos de coordenação...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

...

um desencontro
um prazo expirado
o metro às 6h da tarde e funcionando mal...

pra terminar, xilogravuras, expresso com chantilly e uma crônica divertida: as quartas-feiras são longas demais pra começar cabisbaixa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

o sol do meio-dia me enganou direitinho...

eu, paulistana avisada de nascença, caí na conversa do azul celeste e nem imaginei o vento frio que bateria no fim da tarde.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ao maestro

A gente passa meses pensando em ir visitar alguém e de repente recebe a notícia: faleceu o Maestro Ordoñes, às 0h40 do dia 06 de agosto de 2009. Não sei de quê, não sei porquê. Não o via há 2 anos.

Queria ter feito sua aula mais um tempo. Fazia planos pro ano que vem, quando o horário encaixar. Mas não importa.

Importa o ter por ele um certo carinho, coisa de aluna, que cria recíproco, coisa rara nesse mundo de professores tantas vezes tão distantes.

Fez o que amava por um longo tempo. Passou pelo caminho de metade da dança paulistana.
Que esteja num lugar bonito, e sorria pra nós.

com saudades
Luciana

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O quintal da minha avó.

Dois tipos de grama formavam duas ilhas e cada ilha na verdade era um barco. E no meio a terra vermelha de Ribeirão era um mar (e sabe lá como nossas mães tiravam o mar das nossas roupas).

A laranjeira inda inteira e o chão eternamente forrado de frutas (talvez porque eu lá fosse sempre no verão) e cada fruta era uma bala de canhão para afundar o barco inimigo.

Vez ou outra alguém pisava (ou sentava) um formigueiro. E era criança correndo e gritando e arrancando a roupa, tentando se livrar das danadas formiguinhas que em segundo estavam em lugares escondidos.

Outra geração agora cresce naquele quintal e é bonito de ver aquele lugar mágico, que vira outro pra cada um que entra alí.