Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

domingo, 30 de maio de 2010

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... e então eu descobri que não amava o silêncio.

Eu permanecia em silêncio ouvindo meus próprios pensamentos, tantas vezes em voz alta.
Uma vez calada, a única maneira de manter minha boca fechada foi ligar o rádio. O dia todo.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

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- Que houve?
- Você so pensa em sexo.
- ãh?????
- É isso. Você só pensa em sexo. Eu aqui cheio de cuidados, pensando no futuro, e vc só quer saber do meu corpinho.
- Caramba! De onde vc tirou isso?
- De você! De você mesma!
- Escuta, não sei se te contaram, mas o seu corpinho também é você!
- Eu sei. Mas eu não sou só um corpinho! Eu tenho cabeça também!
(... e uma cabeça linda, ela pensa)
- Mas isso te incomoda tanto assim? Quer dizer... eu achei que os meninos não se importassem...
- É claro que incomoda! Eu quero alguém que goste de mim como eu sou!.
( ... mas vc é assim!, ela pensa)
Mais alguns segundos a olhar pro nada... e escapa
- Mas vem cá... vc acredita mesmo que eu só quero o seu corpinho?
- acr...
- Sim, porque, corpinho por corpinho, tem melhores no meu caminho.
- FICA COM ELES ENTÃO!!
Ela, bem calmamente:
- Não quero.
- Porque? Eles não te fazem gozar como eu?
- Eles não me fazem rir como você. Não me fazem bem como você. Não fazem me sentir segura. Não me fazem perder o ar. Não quero minha vida com eles. Quero com você.
- Meu AM...
- E o seu corpinho! rsrsrsrs
- @#$#$&%$#@!!!!

definções alheias

" essa professora é muito engraçada ... "
essa foi de uma aluna, depois que eu fiz um escarcéu, pus dois pra fora, fechei a porta e: Ufa... ! Onde a gente tava mesmo?

terça-feira, 11 de maio de 2010

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o amor nunca foi cego. ele é só bem míope.
se a merda for bem grande até ele vê!....

segunda-feira, 10 de maio de 2010

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a gente só reconhece o que conhece.

Aí, dentro desse universo, a gente olha pro lado, recolhe uns caquinhos, monta feito quebra-cabeça e desenha as peças que faltam.

E então a gente enfeita como bem entende. Alisa, pinta, lava e dá um brilho.

E a isso chamamos outro.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

memórias...

Lá pela 1a série do ensino fundamental a professora me ensinou a fazer a resposta completa: dizia ela que a gente deveria repetir a pergunta na resposta, assim quem chegasse tarde e só ouvisse o que veio depois entenderia o assunto.
Então eu me perguntei (e a ela): o que diacho um fulano que chega no meio tem a ver com a conversa? Ele que não se meta! E como não encontrasse resposta convincente me revoltei: não dei uma resposta completa sequer em toda a minha vida escolar. E paguei o preço: várias notas 05.

Hoje, a cada cinco minutos, meus alunos me dão respostas completíssimas sobre seus coleguinhas. Eles sim encontraram uma utilidade prática para a famigerada resposta completa: precisam incluir nela a pergunta, já que esta não foi feita por ninguém.

terça-feira, 4 de maio de 2010

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5 anos depois é flagrante a dificuldade que tenho de estudar na escola.
Havendo tempo livre e urgência me escondo na biblioteca... quem sabe numa sala de aula ou num pátio. Nada óbvio.
De intervenções múltiplas - o café, o giz, a pasta, o catálogo da Avon, o causo do aluno que... - sinto dizer que a escola não se configura pra mim como um local de estudo.
É mais fácil ler um texto técnico num ônibus em movimento que numa sala de professores.