Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O quintal da minha avó.

Dois tipos de grama formavam duas ilhas e cada ilha na verdade era um barco. E no meio a terra vermelha de Ribeirão era um mar (e sabe lá como nossas mães tiravam o mar das nossas roupas).

A laranjeira inda inteira e o chão eternamente forrado de frutas (talvez porque eu lá fosse sempre no verão) e cada fruta era uma bala de canhão para afundar o barco inimigo.

Vez ou outra alguém pisava (ou sentava) um formigueiro. E era criança correndo e gritando e arrancando a roupa, tentando se livrar das danadas formiguinhas que em segundo estavam em lugares escondidos.

Outra geração agora cresce naquele quintal e é bonito de ver aquele lugar mágico, que vira outro pra cada um que entra alí.

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