Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

sábado, 13 de setembro de 2014

Quase um pesadelo

Estávamos acampando, ou melhor, fazendo um bivaque, num lugar pra lá de estranho. Eu, minha irmã, meu sobrinho e mais umas pessoas que nem lembro.

O quadrado de chão que eu ia dormir tinha uma lona quase solta cobrindo, com muito vento e chuva a tirá-la do lugar e muita lama e só.

Ao lado do meu, o quadrado de chão da Paula era só aconchego: lona no chão, sleeping, edredon, quentinho, bem vedado em cima e dos lados, e, pasmem, cercado por grades.

Ela disse que onde estava, estava bom.
Eu disse que era claro, afinal, ela estava cercada por grades.
Ela sugeriu que trocassemos e eu aceitei e no primeiro vento ela e o menino desapareceram.

Alguém veio investigar e pediu meu depoimento, depois comentou: "Ela não devia ter saído das grades...."

Acordei assustada. Dormi de novo.

Procurei em vão minha irmã e meu sobrinho por dois ou três sonhos muito loucos. Encontrei-o, só a ele, já crescido, numa boate,  meio alheio, meio sem entender que tia maluca era aquela de quem ele não se lembrava, mas que sabia quem ele era.

Acordei me perguntando: se eu escolher o lugar mais seguro, mais confortável, quem será que o vento levará embora?

2 comentários:

Paula disse...

gente, que medo esse sonho seu!

Lu Hilst disse...

Nem fale. Ficou na minha cabeça um tempão...