Comecei a me sentir incoerente... então senti necessidade de por tudo o que estava dentro pra fora, pra olhar de longe e tentar entender como funciona...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sobre presentes...


Meu presente esse ano foi uma fotografia. Digital, ainda por cima, não é nem em papel.
Não dá pra pegar, não dá pra vender...
Ninguém pegou uma fila imensa, ninguém entrou num crediário, ninguém enfrentou um shopping no fim do ano pra provar que me amava.
Apesar disso, essa foto foi o melhor presente que eu recebi em anos.
Há muito tempo um presente não me comove tanto, não me encanta tanto: Alguém congelou um instante de vida e me mandou com votos de feliz ano novo e me deixou com cara de boba olhando pras telas várias. (Por que essa foto já está em vários lugares e vocês todos já viram, com certeza)
Talvez o presente, o que a gente vive, não se chame presente porque é uma dádiva. Talvez o presente, o que a gente ganha, se chame presente porque é um jeito das outras pessoas se fazerem presentes na nossa vida.
Se for assim, não faz nenhum sentido passar horas numa fila qualquer pra comprar uma coisa qualquer só porque é natal e a gente tem que provar que ama quem ama.
Se for assim, faz mais sentido dar um abraço, ou mandar uma foto.
Muito obrigada, Paula Hilst, por me proporcionar a indizível alegria de ser tia e por me lembrar disso.
E Feliz Ano Novo.

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